quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Reconheça os sinais de que ela perdeu o interesse

Minha amiga e psicóloga Cora Ferreira (cora.ferreira@branfer.com) participou de uma entrevista realizada pelo jornalista Vladimir Maluf, para o Portal Ig. Confira a matéria, abaixo.

Reconheça os sinais de que ela perdeu o interesse

Se elas têm dificuldade para terminar a relação, dão a entender que querem colocar um ponto final. Então saiba identificar esses sinais...

Vladimir Maluf

Talvez seja apenas insegurança sua ficar encanado pensando que ela perdeu o interesse por você. E isso é péssimo para ambos – aliás, tanta insegurança pode fazer mesmo com que ela se canse. Cora Ferreira, psicóloga com especialização em Psicoterapia Psicanalítica pela Unifesp, confirma que há pessoas que sentem mais dificuldade em conversar e se abrir para dizer que discordam, que não gostam ou que não amam mais.

Andréa*, 28 anos, está passando por isso com o namorado. “Não sei se quero terminar. Acho que eu gostaria que ele terminasse comigo”. E, pensando friamente, ela concorda que está sinalizando seu descontentamento. “Eu já não ligo com tanta frequência, perco a paciência com ele sempre, marco compromissos para ficar um pouco sozinha, longe dele, e tentar refletir sobre nosso namoro".

Quem já vivenciou os dois lados dessa situação foi Shirley Lima, de 28 anos. “Já tive o receio e a dúvida de falar que estava cansada e fui me afastando de um namorado: inventava programas que ele não participaria, não atendia as ligações e não conseguia mais dizer que o amava – como eu sempre fazia”, conta a analista de sistemas. Mas ela conta que já fizeram o mesmo com ela. “Acho que ser vítima da frieza me fez sofrer e, principalmente, aprender a encarar os problemas de frente e abrir o jogo logo”.

O empresário Rafael Menezes, de 30 anos, acredita ser mais comum esse tipo de comportamento vindo das mulheres. “Eu, pelo menos, não sou de ficar desviando dos problemas. Prefiro falar logo”, explica. Rafael já teve uma namorada que foi se afastando até o fim da relação se tornar inevitável. “Quem faz isso quer manter a outra pessoa disponível, como 'plano B', caso veja que não arruma nada melhor do que o que já tem".

Como lidar

A psicóloga Cora Ferreira diz que apesar de não ser regra, tanto o homem quanto a mulher podem dar alguns sinais de que perderam o interesse pelo outro, acreditando que sua intenção será compreendida e que não haverá responsabilidades com as consequências. Mas a pergunta que a especialista faz é: será que colocar a questão “debaixo do tapete” é a solução?

Se você nota que algo está diferente, avalie como a relação está se desenrolando: “Como estão sendo como parceiros? Como anda a atenção entre eles? Há cumplicidade, respeito, prazer na companhia um do outro? Que sentimentos estão envolvidos?”, sugere Cora. “O importante é se ater a isso em vez de procurar sinais que possam significar algo que nem se sabe que sentido tem”.

Cuidado com a imaginação!

Cora lembra que, muitas vezes, a mulher não atender o celular pode significar, simplesmente, uma impossibilidade concreta de atender a um chamado e nada mais. Não responder um e-mail pode ter relação com uma falha do provedor e por aí vai. “Não faz sentido ficar imaginando o que os sinais querem dizer”. Mas, se eles o incomodam, a saída é encarar o que parece tão difícil: propor uma conversa sincera.

A falta de contato mais profundo entre o casal pode levar ao desenvolvimento de fantasias, nem sempre positivas, que podem não significar nada na realidade. “Seria interessante e mais saudável que ambos pudessem conversar, procurando, honestamente, uma chance de entender o que está acontecendo. Talvez o mais importante seja aprender a escutar o que o outro tem a dizer".

http://estilo.ig.com.br/noticia/2009/10/10/reconheca+os+sinais+de+que+ela+perdeu+o+interesse+8710118.html

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Na hora de conhecer os pais dela

Minha amiga e psicanalista Cida Lessa (cida.lessa@ig.com.br) foi entrevistada pelo jornalista Vladimir Maluf, do Portal Ig. Confira a matéria.
(http://estilo.ig.com.br/noticia/2009/11/08/na+hora+de+conhecer+os+pais+dela+9019042.html)

Na hora de conhecer os pais dela...

Os sogros são (quase) sempre vistos como inimigos. Saiba lidar com isso!

Vladimir Maluf

Não é à toa que muitos homens adiam o momento de conhecer os pais da namorada. Os sogros nem sempre estão felizes em receber o namorado da filha; mas, é preciso, mesmo assim, tentar conquistar os dois. “É difícil tentar adivinhar ou manipular o que o outro vai pensar. Mas ter educação e demonstrar respeito, principalmente pela namorada, é o que mais causa boa impressão”, diz a psicanalista Elizandra Souza.

“Em geral, as sogras são mais ciumentas e mais desconfiadas. Os sogros querem o melhor para suas filhas, esperam que seus genros sejam amorosos, cuidadosos, protetores e responsáveis”, acredita. “Nenhum pai quer que sua filha saia de casa para sofrer com um homem qualquer. Ele espera que sua filha possa estar com alguém estruturado para poder construir algo com ela”.

As apresentações causam tensões em ambas as partes. Mas não é preciso encarar os pais dela como inimigos, de acordo com a psicóloga Cida Lessa. “Isso vem em função de uma expectativa, um nervosismo, mas não significa que os pais receberão o homem com hostilidade”. O importante, diz Cida, é encarar como um encontro social, mas sem a preocupação de impressionar.

“Seja natural, pois, se interpretar, os pais dela vão perceber e isso não será bom. Lembre-se de que você está em um ambiente familiar e é um invasor. Então, pense bem no que vai falar e evite intimidades com a namorada na frente deles”. E ainda dá para usar o encontro a seu favor. “Aproveite a visita para conhecer um pouco melhor a namorada: como ela foi educada e de onde vem".

Elizandra concorda que montar um perfil para impressionar não dá certo. “Causar boa impressão é ter atitudes respeitosas e não querer aparecer mais do que realmente é, não se supervalorizar ou mostrar o que não tem. Não ser arrogante, nem coitadinho. É preciso ter equilíbrio emocional e intelectual”, resume.

O sogro, a sogra

Elizandra diz que o homem, na posição de sogro, pode ser mais reservado, justamente para saber quem é este namorado. “Nesses momentos, talvez os homens (sogros) sejam mais observadores que as mulheres (sogras), que tendem logo a colocar suas opiniões sobre as possíveis qualidades e defeitos do genro”, afirma. “Eles preferem perceber com o tempo como o namorado da filha se mostra e se é realmente honesto, responsável e respeitoso".

Mas Cida lembra que o pai costuma ter ciúme da filha e, raramente, achará que sua menininha está preparada para um relacionamento, além de ficar preocupado com o risco de a filha sofrer. “O homem, inconscientemente, tem medo de deixar de ser amado e de ser esquecido. A partir do momento em que a mulher se interessa por outro homem, apesar de ser uma relação completamente diferente, ele sente esse receio".

Por outro lado, não quer um contato muito estreito com uma pessoa que ele não sabe se ficará muito tempo por perto. “O pai, muitas vezes, é mais agressivo porque quer evitar uma proximidade. Não quer se apegar, pois não há como prever quanto tempo vai durar o relacionamento da filha. É uma maneira de não criar expectativas sobre esse relacionamento”.

Nesse aspecto, na opinião de Cida, a mãe encara de uma forma melhor ao ver que a filha tem um namorado. “As filhas, normalmente, conversam com as mães sobre seus relacionamentos”. Por fim, ela reafirma que o importante é não tentar construir uma falsa imagem. “Quando tenta impressionar, o homem se perde. Deixe isso de lado".

sábado, 14 de novembro de 2009

A mãe e o filho

A psicóloga e psicanalista Claudia Finamore (claudia.finamore@uol.com.br) foi entrevistada pelo jornalista Vladimir Maluf, do Portal Ig. Leia a matéria:
(http://estilo.ig.com.br/noticia/2009/11/04/voce+e+um+filhinho+da+mamae+8923955.html)

Você é um "filhinho da mamãe"?
04/11 - 13:38hrs
Avalie se essas características combinam com sua personalidade
Vladimir Maluf

Você é um filhinho da mamãe? Cuidado, a maioria das mulheres foge desse tipo de homem. “Tem mulher que gosta de ter mais um filho em vez de um marido. Mas, digamos que não está na moda”, brinca a psicóloga Claudia Finamore. “De um modo geral, está no imaginário da mulher um homem másculo, protetor, que consiga ocupar a posição de sustento emocional, não só financeiro; uma postura forte, que saiba controlar situações, saiba decidir e gerenciar conflitos”.

O marido que é filho

Claudia explica que esse tipo de homem se coloca na posição de filho, mesmo com a mulher que ele ama, que mantém relações sexuais. “A mulher é quem domina a cena familiar, toma a frente de tudo e o marido acompanha”. E, por mais que não esteja explícito, existem muitos casais assim. “Pode até ser que no campo profissional e das relações sociais ele seja um homem completamente diferente disso; mas, com a parceira, ele é outra pessoa".

Ele quer uma sucessora

Também não é incomum o homem que busca uma sucessora para a mãe. Porém, a maior parcela delas, além de não querer isso, se ofende com comparações. “É uma comparação sem nexo, mas os homens fazem. As atividades até se parecem, mas o papel de mãe e de companheira são completamente diferentes”. Claudia diz que isso cria um conflito familiar. “O que acontece muito é gerar uma rixa entre sogra e nora. Começa uma disputa para ver quem é capaz de fazer aquele homem mais feliz".

Pode dar certo...

Apesar disso tudo, Claudia afirma que não é errado ser assim, desde que se relacione com uma mulher que procure esse tipo de parceiro. “O importante é que os dois combinem. Se essa dinâmica é adequada ao casal, ótimo". Contudo, voltamos à questão: elas gostam disso? As mulheres com quem o iG conversou não são favoráveis a esse comportamento. Exceto uma, que prefere ocultar o nome para preservar o marido.

“Não gosto desse termo ‘filhinho da mamãe’, mas aceito que acabo sendo um pouco mãe do meu marido”, conta a mulher de 45 anos, que é casada e sem filhos e, além de conduzir a casa, a sustenta. “Ele é um homem sensível, tem alma de artista. Eu sempre fui dominadora e independente – até pensei que fosse morrer solteira”, brinca. Por isso, diz ela, o casamento dá certo. “Minha família critica demais nossa relação, mas eu o amo e nos damos bem assim".

Com a palavra, as que odeiam

“Um ‘filhinho de mamãe’ não sabe se virar e tem que recorrer a alguém para tudo”, diz a publicitária Graziele Reis. “É o tipo de cara que não consegue resolver problemas práticos da vida, como trocar um chuveiro, por exemplo”. E, revoltada, ela diz mais. “Não tem espírito de cooperação, fica esperando as coisas prontas. É mimado e infantil”, descreve a jovem de 27 anos. “Odeio homens que não se despregam da barra da saia da mãe. Odeio, odeio, odeio”.

Luciana Ramos, designer de 39 anos, teve um namoro com um homem desse tipo, mas que cortou logo. “A mãe dele fazia drama e ele, claro, caía. Ela era viúva e vivia se fazendo de doente”. Segundo ela, era impossível manter um relacionamento com um homem grudado na mãe desse jeito. “Era uma mãe controladora. Tinha ciúme dele e, por sua vez, ele corria atrás dela a qualquer chamado".

O pior de ser um “filhinho da mamãe”, para a relações públicas Cristiane Anselmo, de 30 anos, é a dificuldade que esse perfil de homem tem de se desenvolver. “Esse tipo de cara é tão mimado que é incapaz de administrar a própria vida, de correr atrás de algum objetivo – se é que consegue ter um”, reclama. “Eu não quero um homem que não deseja crescer, evoluir na profissão e não tem ambições”.

Namorar um mimado está fora de cogitação, diz Helen Soares, 28 anos. A profissional liberal explica que já cometeu esse erro uma vez, mas nunca mais. “Um ‘filhinho da mamãe’ não quer uma mulher, quer uma mãe que substitua a dele quando ela morrer”, avalia. “Tive um namorado que não pegava nem água na cozinha. Queria deitar no sofá e ter tudo na mão. Dizia que era carente, que queria ser cuidado. Comigo, não!”