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sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Que tipo de pessoa você é?
Você é uma pessoa tímida, estressada ou inquieta?
Não saber lidar com essas características pode provocar dificuldades de socialização
Não saber lidar com essas características pode provocar dificuldades de socialização
Publicado em 20/12/2010 - http://teste.minhavida.com.br/conteudo/12561-Voce-e-uma-pessoa-timida-estressada-ou-inquieta.htm
Pessoas tímidas, irritadas ou inquietas podem sofrer consequências em suas vidas que dificultam o convívio social, se não estão preparadas para se relacionar com pessoas com características diferentes. Por isso, conhecer os tipos de personalidade ajuda a ter uma vida social mais ativa.
A timidez pode gerar consequências conflituosas para a pessoa, que poderá sentir dificuldades nas áreas da sua vida que necessitam de uma postura mais extrovertida. Muitas vezes, os tímidos buscam profissões com limitado contato com outras pessoas, em pequenas empresas, trabalhos técnicos. Sentem dificuldade para fazer amizades e nas conquistas amorosas. Enfim, as atividades que solicitam maior exposição ficam comprometidas.
Se na timidez a dificuldade é em estabelecer um contato, na irritabilidade o conflito encontra-se em manter uma relação equilibrada. A pessoa estressada, no sentido de facilmente irritável, e não no sentido da patologia do estresse, costuma aborrecer-se por qualquer inconveniente do dia-a-dia. São pessoas que se irritam no trânsito, na fila do banco, ao serem frustrados no trabalho, em casa. Esse tipo de comportamento também gera dificuldades nos relacionamentos, mas de outra ordem se comparada às pessoas tímidas.
A pessoa inquieta costuma ter um ritmo mais acelerado que a maioria das pessoas. Essa diferença de ritmo poderá provocar discórdias nos relacionamentos, seja no trabalho ou em casa, pois muitas situações da vida solicitam uma espera que é difícil para o inquieto suportar. Pode acontecer de uma pessoa inquieta vivenciar essa experiência com muita irritação, confundindo-se muitas vezes com uma pessoa facilmente irritável.
As pessoas podem tentar enfrentar por si mesmas essas dificuldades, buscando seus recursos internos para isso. Se a pessoa é tímida, poderá tentar se expor mais. Se ela é irritada ou inquieta, poderá tentar acalmar-se. Mas, isso não é simples, nem fácil. É necessário persistência e insistência. Cada qual encontrará sua própria maneira de se experimentar. Não há uma regra que sirva para todos. Até mesmo por que os limites são individuais, e cada um precisará reconhecer qual o seu próprio limite.
Cada pessoa poderá procurar atividades que se sinta relativamente confortável para treinar suas dificuldades. Uma pessoa com alguma timidez poderá sentir-se capaz de participar de aulas de teatro e isso ajudá-la, porém outra pessoa com essa característica poderá sentir tal experiência como uma tortura, afetando-a negativamente.
Do mesmo modo poderá ocorrer se uma pessoa inquieta ou irritada procurar aulas de ioga ou meditação. Poderá, ou não, ser adequado a ela. Essas escolhas são muito pessoais e devem variar. Cada um deverá experimentar e sentir aquilo que é possível para si. Caso essas características pessoais estejam atrapalhando a vida da pessoa, é importante que procure uma ajuda psicoterapêutica, para que haja compreensão do que ocorre e a possibilidade de criar novos recursos internos para lidar com suas dificuldades.
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Como lidar com as amizades dos filhos
Até que ponto os pais podem interferir nessas escolhas
Publicado em 24/11/2010 no Portal Minha Vida
http://www.minhavida.com.br/conteudo/12440-Como-lidar-com-as-amizades-dos-filhos.htm
As amizades são importantes para o desenvolvimento psicossocial das crianças e possibilitam a aquisição de habilidades no convívio grupal. Esse contato social permite que a criança ou adolescente saiba mais sobre si mesmo e sobre o mundo. O aprendizado é construído na medida em que a criança amadurece, e nesse processo ela apreende noções como limites, respeito, semelhanças e diferenças, competição e solidariedade.
A criança nasce com parte de sua personalidade formada pelos traços genéticos parentais, porém esses traços mudam de acordo com o que a criança vive e com as relações que ela estabelece com o mundo. Tudo o que a criança observa, percebe ou interage irá, em maior ou menor grau, influenciar na formação da sua personalidade. Não se pode deixar de lado o modo como a criança interpreta o que vê e ouve, pois é a sua interpretação da realidade que influencia na formação da sua personalidade.
Seja na infância ou adolescência, os pais devem estar sempre atentos as amizades dos filhos.Os filhos devem ser educados com os valores escolhidos pelos pais desde a primeira infância, e não depois de crescidos, no momento em que precisarão fazer isso desses valores. Do mesmo modo deve ser ensinada a escolha de boas amizades - pelo exemplo dos próprios pais. Quando as crianças começam seus laços de amizades, lá pelos 3 ou 4 anos, os pais devem estar presentes, intermediando as relações dos filhos com seus amigos nos momentos de discórdias. Com o tempo, os pais devem se afastar um pouco, assim que perceberem que os filhos conseguem resolver sozinhos suas diferenças com os amigos. Durante a adolescência, a participação dos pais fica bem mais limitada, porém isso não quer dizer que devem distanciar-se. Nesses casos, o diálogo franco e aberto é o melhor caminho para lidarem com as escolhas de amizades dos filhos.
Seja na infância ou adolescência, os pais devem estar sempre atentos as amizades dos filhos. Conhecer os amigos, torná-los próximos da família e manter os limites de respeito não invasivo colaboram nessas relações. Os pais podem interferir nas amizades escolhidas caso percebam que elas são gravemente prejudiciais aos filhos. De qualquer modo, isso deve ocorrer através de um diálogo honesto entre pais e filhos.
Publicado em 24/11/2010 no Portal Minha Vida
http://www.minhavida.com.br/conteudo/12440-Como-lidar-com-as-amizades-dos-filhos.htm
As amizades são importantes para o desenvolvimento psicossocial das crianças e possibilitam a aquisição de habilidades no convívio grupal. Esse contato social permite que a criança ou adolescente saiba mais sobre si mesmo e sobre o mundo. O aprendizado é construído na medida em que a criança amadurece, e nesse processo ela apreende noções como limites, respeito, semelhanças e diferenças, competição e solidariedade.
A criança nasce com parte de sua personalidade formada pelos traços genéticos parentais, porém esses traços mudam de acordo com o que a criança vive e com as relações que ela estabelece com o mundo. Tudo o que a criança observa, percebe ou interage irá, em maior ou menor grau, influenciar na formação da sua personalidade. Não se pode deixar de lado o modo como a criança interpreta o que vê e ouve, pois é a sua interpretação da realidade que influencia na formação da sua personalidade.
Seja na infância ou adolescência, os pais devem estar sempre atentos as amizades dos filhos.Os filhos devem ser educados com os valores escolhidos pelos pais desde a primeira infância, e não depois de crescidos, no momento em que precisarão fazer isso desses valores. Do mesmo modo deve ser ensinada a escolha de boas amizades - pelo exemplo dos próprios pais. Quando as crianças começam seus laços de amizades, lá pelos 3 ou 4 anos, os pais devem estar presentes, intermediando as relações dos filhos com seus amigos nos momentos de discórdias. Com o tempo, os pais devem se afastar um pouco, assim que perceberem que os filhos conseguem resolver sozinhos suas diferenças com os amigos. Durante a adolescência, a participação dos pais fica bem mais limitada, porém isso não quer dizer que devem distanciar-se. Nesses casos, o diálogo franco e aberto é o melhor caminho para lidarem com as escolhas de amizades dos filhos.
Seja na infância ou adolescência, os pais devem estar sempre atentos as amizades dos filhos. Conhecer os amigos, torná-los próximos da família e manter os limites de respeito não invasivo colaboram nessas relações. Os pais podem interferir nas amizades escolhidas caso percebam que elas são gravemente prejudiciais aos filhos. De qualquer modo, isso deve ocorrer através de um diálogo honesto entre pais e filhos.
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Quando dizer "não" é necessário
Quando dizer "não" é necessário
Criado em Seg, 09/08/2010 05h00
Por Vila Equilibrio
http://vilamulher.terra.com.br/quando-dizer-nao-e-necessario-11-1-69-248.html
Não. Quanto significado cabe em uma só palavra. Apesar de carregar uma carga negativa (no sentido literal), dizer "não" também tem seu lado bom.
Podemos dizer "não" para os abusos, para a corrupção, para as injustiças. Agora, quando o assunto é negar um pedido a alguém, especialmente a uma pessoa próxima e que aparentemente precisa mesmo da nossa ajuda, tudo fica mais difícil. Como falar que não pode terminar um projeto urgente no trabalho porque combinou alguma coisa com seus filhos, por exemplo?
Parece brincadeira, mas muita gente ainda não sabe dizer "não" quando necessário. A psicóloga Patrícia Gebrim, que acaba de lançar o livro "Enquanto Escorre o Tempo" (Pensamento, 2010) explica que a razão para isso pode estar na criação de cada indivíduo. Quem recebeu, desde cedo, a mensagem de que deve agradar e se submeter às vontades dos outros para ser aceito, tende a aplicar isso em todos os relacionamentos que estabelece.
Exemplificando, essas pessoas podem ter recebido uma educação muito rígida dos pais e, por isso, ter acreditado que seriam abandonadas caso os contrariassem. Então, depois de adultas, continuam com essa ideia em seu íntimo. Assim, "acabam reagindo a parceiros afetivos e chefes como reagiam aos pais, tendo tendência a se submeter, a não contrariar, a agradar. Talvez isso tudo se passe de maneira inconsciente, o que torna mais difícil a mudança de atitude", diz Patrícia.
Porém, é bom lembrar que não dizer "não" significa um "sim" com consequências ruins, tanto para quem aceitou o pedido quanto para quem o fez. Na vida profissional, "um trabalho aceito em condições que não poderá ser concluído é prejudicial tanto para a carreira quanto para o chefe e a empresa", afirma a psicóloga e psicanalista Claudia Finamore (http://www.apoiopsi.com.br/).
O mesmo vale para a vida familiar: "Aceitar todos os pedidos do marido, além de frustrar a mulher em muitas situações e o casamento tornar-se uma fonte de tristezas e angústias, poderá prejudicar a relação do casal. E, não dizer "não" para os filhos é prejudicial na educação, pois não coloca limites, possibilitando relacionamentos do tipo vale-tudo", fala a especialista.
Além de fazer mal aos relacionamentos, a incapacidade de dizer "não" pode se manifestar no físico, através de doenças como gastrites, resfriados recorrentes, estresse, etc. Isso porque, quando dizemos um "sim" contra nossa vontade e para não frustrar o outro, acabamos frustrando a nós mesmos e acumulando sentimentos como raiva em nosso íntimo.
Por mais que desejemos esconder essas emoções, uma hora elas vêm à tona, de uma forma ou de outra, explica Patrícia. "Muitas vezes a doença acaba sendo a saída, um substituto para o NÃO não dito. Um exemplo seria uma pessoa que é convidada para dar uma palestra, acaba aceitando sem ter o real desejo de fazê-lo, e no dia é acometida por uma forte laringite que a impede de falar".
Para fugir dessa auto-armadilha e aprender a dizer "não", é necessário conhecer os próprios limites e saber o quanto pode negociar e ceder. "Saber o que significa dizer e ouvir não e como se sente em relação a essas situações é o primeiro passo para possibilitar alguma mudança", acredita Claudia.
Conhecer o que está na base dessa dificuldade em se posicionar também pode reverter o quadro, de acordo com Patrícia. "Com certeza a dificuldade de dizer ‘não’ está embasada por crenças distorcidas que a pessoa estruturou em seu passado. Ao trazer essas crenças para a consciência, é possível reformulá-las de maneira a respeitar mais a individualidade da pessoa".
Embora para a maioria das pessoas seja simples negar algo que não conseguirão realizar de uma maneira satisfatória, isso pode ser um desafio para outras. Portanto, há casos em que é melhor procurar a orientação de um psicólogo, para que, aos poucos, o paciente consiga se soltar e aprender a respeitar a si e seu espaço pessoal. Muitas vezes, dizer "não" aos outros é dizer "sim" a você mesmo.
Por Priscilla Nery (MBPress)
Criado em Seg, 09/08/2010 05h00
Por Vila Equilibrio
http://vilamulher.terra.com.br/quando-dizer-nao-e-necessario-11-1-69-248.html
Não. Quanto significado cabe em uma só palavra. Apesar de carregar uma carga negativa (no sentido literal), dizer "não" também tem seu lado bom.
Podemos dizer "não" para os abusos, para a corrupção, para as injustiças. Agora, quando o assunto é negar um pedido a alguém, especialmente a uma pessoa próxima e que aparentemente precisa mesmo da nossa ajuda, tudo fica mais difícil. Como falar que não pode terminar um projeto urgente no trabalho porque combinou alguma coisa com seus filhos, por exemplo?
Parece brincadeira, mas muita gente ainda não sabe dizer "não" quando necessário. A psicóloga Patrícia Gebrim, que acaba de lançar o livro "Enquanto Escorre o Tempo" (Pensamento, 2010) explica que a razão para isso pode estar na criação de cada indivíduo. Quem recebeu, desde cedo, a mensagem de que deve agradar e se submeter às vontades dos outros para ser aceito, tende a aplicar isso em todos os relacionamentos que estabelece.
Exemplificando, essas pessoas podem ter recebido uma educação muito rígida dos pais e, por isso, ter acreditado que seriam abandonadas caso os contrariassem. Então, depois de adultas, continuam com essa ideia em seu íntimo. Assim, "acabam reagindo a parceiros afetivos e chefes como reagiam aos pais, tendo tendência a se submeter, a não contrariar, a agradar. Talvez isso tudo se passe de maneira inconsciente, o que torna mais difícil a mudança de atitude", diz Patrícia.
Porém, é bom lembrar que não dizer "não" significa um "sim" com consequências ruins, tanto para quem aceitou o pedido quanto para quem o fez. Na vida profissional, "um trabalho aceito em condições que não poderá ser concluído é prejudicial tanto para a carreira quanto para o chefe e a empresa", afirma a psicóloga e psicanalista Claudia Finamore (http://www.apoiopsi.com.br/).
O mesmo vale para a vida familiar: "Aceitar todos os pedidos do marido, além de frustrar a mulher em muitas situações e o casamento tornar-se uma fonte de tristezas e angústias, poderá prejudicar a relação do casal. E, não dizer "não" para os filhos é prejudicial na educação, pois não coloca limites, possibilitando relacionamentos do tipo vale-tudo", fala a especialista.
Além de fazer mal aos relacionamentos, a incapacidade de dizer "não" pode se manifestar no físico, através de doenças como gastrites, resfriados recorrentes, estresse, etc. Isso porque, quando dizemos um "sim" contra nossa vontade e para não frustrar o outro, acabamos frustrando a nós mesmos e acumulando sentimentos como raiva em nosso íntimo.
Por mais que desejemos esconder essas emoções, uma hora elas vêm à tona, de uma forma ou de outra, explica Patrícia. "Muitas vezes a doença acaba sendo a saída, um substituto para o NÃO não dito. Um exemplo seria uma pessoa que é convidada para dar uma palestra, acaba aceitando sem ter o real desejo de fazê-lo, e no dia é acometida por uma forte laringite que a impede de falar".
Para fugir dessa auto-armadilha e aprender a dizer "não", é necessário conhecer os próprios limites e saber o quanto pode negociar e ceder. "Saber o que significa dizer e ouvir não e como se sente em relação a essas situações é o primeiro passo para possibilitar alguma mudança", acredita Claudia.
Conhecer o que está na base dessa dificuldade em se posicionar também pode reverter o quadro, de acordo com Patrícia. "Com certeza a dificuldade de dizer ‘não’ está embasada por crenças distorcidas que a pessoa estruturou em seu passado. Ao trazer essas crenças para a consciência, é possível reformulá-las de maneira a respeitar mais a individualidade da pessoa".
Embora para a maioria das pessoas seja simples negar algo que não conseguirão realizar de uma maneira satisfatória, isso pode ser um desafio para outras. Portanto, há casos em que é melhor procurar a orientação de um psicólogo, para que, aos poucos, o paciente consiga se soltar e aprender a respeitar a si e seu espaço pessoal. Muitas vezes, dizer "não" aos outros é dizer "sim" a você mesmo.
Por Priscilla Nery (MBPress)
quinta-feira, 15 de julho de 2010
Agressores e vítimas de bullying têm pior rendimento na escola
Estudo descobriu que a vítima típica de bullying também tende a ser agressiva
Crianças e adolescentes com problemas de aprendizado na escola têm maior risco de se tornarem agressores, vítimas de bullying ou ambos, de acordo com nova pesquisa publicada pela American Psychological Association.
O estudo realizado pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, analisou 153 estudos dos últimos 30 anos. Mais do que qualquer outra tendência, o desempenho escolar prevê quem vai intimidar. O autor da pesquisa, Clayton R. Cook, PhD, da Louisiana State University diz: "Esperamos que esse conhecimento nos ajude a compreender melhor as condições em que o bullying ocorre e as consequências que pode ter para os indivíduos. Finalmente, será possível desenvolver melhores estratégias de intervenção para interromper o ciclo de agressões antes de começarem."
Os pesquisadores descobriram que a vítima típica de bullying tende a ser agressiva, com poucas habilidades sociais, pensamentos negativos, têm dificuldades em resolver problemas sociais, vem de famílias pouco estruturadas e são visivelmente rejeitados e isolados pelos colegas.
O típico valentão vítima também tem atitudes negativas, com problemas com interação social, não tem boas estratégias sociais para resolver problemas, baixo desempenho na escola e não é apenas rejeitado e isolado por seus pares, mas também é influenciado negativamente pelos colegas com quem ele ou ela interage, de acordo com o estudo .
Os autores descobriram que as crianças agressoras eram mais desafiadoras e agressivas, ao passo que os adolescentes eram deprimidos e ansiosos. E as vítimas adolescentes sofriam de depressão coma maior frequência. "É importante intervir com os pais, colegas e escolas ao mesmo tempo", disse Cook. "A formação comportamental dos pais pode ser usada em casa, enquanto a construção saudável do relacionamento entre colegas e de competências de resolução de problemas poderiam ser oferecidas nas escolas, juntamente com a ajuda de acadêmicos."
Os fatores que instalam e mantém essa violência são muitos e complexos. Desde a perda da autoridade paterna e a dificuldade de diálogo, passando pela alienação da escola, até a violência urbana. Mas, não podemos negar que uma boa parte desse problema se origina dentro de casa. "O pior e o melhor da natureza humana coexistem dentro de cada um de nós. Os sentimentos mais primários (ódio, inveja) convivem com os mais elevados (solidariedade, lealdade, compaixão). O que determina o caminho que essas potencialidades vão tomar são as possibilidades de transformação dos impulsos primários e a existência de canais adequados para dar vazão a eles", de acordo com a psicóloga Claudia Finamore.
sexta-feira, 9 de julho de 2010
O preço da sociedade moderna
Vagando entre o que se pode e o que se deve atingir
Publicado em http://www.minhavida.com.br/conteudo/10161-O-preco-da-sociedade-moderna.htm
Como ter uma barriga tanquinho, perder 20 kg em 3 meses? Como conseguir uma promoção no trabalho em menos de um ano, ter orgasmos múltiplos? Como eliminar a birra dos filhos em uma semana? Quais os dez segredos para o sucesso? Como preparar um jantar inesquecível em 30 minutos?
Essas e outras perguntas indicam o que se espera de uma pessoa na sociedade atual. É preciso ter beleza, dinheiro, informação, inteligência, esperteza, motivação, rapidez. Não há espaço para a reflexão, tristeza, introspecção, doença, acomodação, como se nada disso fizesse parte da vida e do ser humano. Essas situações e esses sentimentos são sinônimos de horror, e quem a eles cede ? como se fosse uma opção racional ? é visto como uma pessoa com distúrbios, que não enxerga a vida como ela é: alegre, agitada, a mil por hora.
É penoso para a sociedade aceitar a diferença, e o modelo que se busca atualmente é um ideal inatingível, uma suposta felicidade que nunca se alcança, uma eficácia plena nas diversas áreas da vida: social, familiar, profissional, financeira, física, lazer, ecológica. O perfeito é pouco.
Essa obsessão com a imagem e o desempenho cria muitos problemas para a sociedade, provocando graves distúrbios comportamentais. Alguns exemplos são depressão, ansiedade, anorexia, bulimia, excesso de peso, hiperatividade e distúrbio de atenção, como também, estimula o uso de álcool, drogas ? lícitas ou não ? e tabaco.
Um olhar crítico para essa situação é um importante caminho para a aceitação das diferenças, das singularidades e da liberdade. A moderação e a autonomia para buscar o que lhe faz bem é a direção para alimentar o amor próprio e conquistar uma vida mais saudável.
Como ter uma barriga tanquinho, perder 20 kg em 3 meses? Como conseguir uma promoção no trabalho em menos de um ano, ter orgasmos múltiplos? Como eliminar a birra dos filhos em uma semana? Quais os dez segredos para o sucesso? Como preparar um jantar inesquecível em 30 minutos?
Essas e outras perguntas indicam o que se espera de uma pessoa na sociedade atual. É preciso ter beleza, dinheiro, informação, inteligência, esperteza, motivação, rapidez. Não há espaço para a reflexão, tristeza, introspecção, doença, acomodação, como se nada disso fizesse parte da vida e do ser humano. Essas situações e esses sentimentos são sinônimos de horror, e quem a eles cede ? como se fosse uma opção racional ? é visto como uma pessoa com distúrbios, que não enxerga a vida como ela é: alegre, agitada, a mil por hora.
É penoso para a sociedade aceitar a diferença, e o modelo que se busca atualmente é um ideal inatingível, uma suposta felicidade que nunca se alcança, uma eficácia plena nas diversas áreas da vida: social, familiar, profissional, financeira, física, lazer, ecológica. O perfeito é pouco.
Essa obsessão com a imagem e o desempenho cria muitos problemas para a sociedade, provocando graves distúrbios comportamentais. Alguns exemplos são depressão, ansiedade, anorexia, bulimia, excesso de peso, hiperatividade e distúrbio de atenção, como também, estimula o uso de álcool, drogas ? lícitas ou não ? e tabaco.
Um olhar crítico para essa situação é um importante caminho para a aceitação das diferenças, das singularidades e da liberdade. A moderação e a autonomia para buscar o que lhe faz bem é a direção para alimentar o amor próprio e conquistar uma vida mais saudável.
Claudia Finamore
terça-feira, 25 de maio de 2010
Vaidade e Envelhecimento
Artigo escrito pela psicóloga e piscanalista Claudia Finamore (http://www.apoiopsi.com.br) para o site Minha Vida
(http://www.minhavida.com.br/conteudo/11299-Vaidade-e-envelhecimento.htm).
Vaidade e envelhecimento
Por que a beleza está associada a juventude?
Publicado em 13/5/2010
A vaidade boa e a vaidade má
A vaidade, na Psicanálise, está ligada ao conceito de narcisismo. Mas, para facilitar o entendimento e evitar uma exposição teórica, vamos falar de forma mais simples. A vaidade é natural do ser humano. E quando em equilíbrio, promove a saúde e o bem estar do sujeito.
Uma vaidade diminuída também tem suas conseqüências, pois o sujeito disponibiliza poucos cuidados para si. Entretanto, de modo geral, nossa sociedade encontra-se num momento de vaidade excessiva. A sociedade moderna busca a felicidade.
Este é o valor de maior importância da atualidade. As noções de beleza e juventude estão atreladas à felicidade, e por isso, tão valorizadas. Agora, os exageros, sejam para mais ou para menos, podem representar questões psíquicas que estão em desequilíbrio, em desarmonia, e surgem como sintomas no excesso de vaidade.
O apego à juventude é um modo de negar o envelhecimento.Aprendemos na infância
Os contos de fadas procuram estabelecer o valor moral do bem sobre o mal. É a princesa boa, que é judiada pela madrasta má. E no final da história, a felicidade é alcançada pela princesa boa.
Porém, há uma dicotomia nos contos de fadas, pois a beleza física está atrelada ao bem. Nos contos originais, o belo pode ser lido como beleza estética, mas também como O Bem.
Se pensarmos nos filmes, desenhos e revistas que trazem esses contos, as princesas sempre são belas fisicamente. E numa sociedade cuja imagem é um modelo forte, a beleza física das princesas se sobressai à beleza moral.
Perda da juventude
A beleza é um conceito estético e, por si só, não está atrelada ao envelhecimento. Um quadro não deixa de ser belo por ter sido pintado há 60 anos.
Porém, em relação ao homem, a beleza está ligada à juventude. Uma mulher de 60 anos, embora possa ser muito bonita, não é considerada como tal por ter perdido os predicados da juventude. E o apego à juventude é um modo de negar o envelhecimento, e por sua vez, a morte. Na realidade, é a morte que o homem moderno não suporta.
É o desconhecido que apavora o ser humano, pois não há registro da própria morte no inconsciente do sujeito. E numa tentativa de lidar com o pavor da morte, o homem busca negar a própria morte através da tentativa de manutenção da juventude que se perde ao longo do tempo.
Ideal de beleza
Existe um ideal de beleza em nossa sociedade que é inalcançável, o que provoca a busca incessante pelos mais diversos métodos estéticos.
A busca por esse ideal de beleza não permite a existência das diferenças. Se essa busca é exacerbada, é importante que a pessoa busque um tratamento analítico, pois esse exagero de vaidade é um sintoma de um sofrimento psíquico que precisa de cuidados.
(http://www.minhavida.com.br/conteudo/11299-Vaidade-e-envelhecimento.htm).
Vaidade e envelhecimento
Por que a beleza está associada a juventude?
Publicado em 13/5/2010
A vaidade boa e a vaidade má
A vaidade, na Psicanálise, está ligada ao conceito de narcisismo. Mas, para facilitar o entendimento e evitar uma exposição teórica, vamos falar de forma mais simples. A vaidade é natural do ser humano. E quando em equilíbrio, promove a saúde e o bem estar do sujeito.
Uma vaidade diminuída também tem suas conseqüências, pois o sujeito disponibiliza poucos cuidados para si. Entretanto, de modo geral, nossa sociedade encontra-se num momento de vaidade excessiva. A sociedade moderna busca a felicidade.
Este é o valor de maior importância da atualidade. As noções de beleza e juventude estão atreladas à felicidade, e por isso, tão valorizadas. Agora, os exageros, sejam para mais ou para menos, podem representar questões psíquicas que estão em desequilíbrio, em desarmonia, e surgem como sintomas no excesso de vaidade.
O apego à juventude é um modo de negar o envelhecimento.Aprendemos na infância
Os contos de fadas procuram estabelecer o valor moral do bem sobre o mal. É a princesa boa, que é judiada pela madrasta má. E no final da história, a felicidade é alcançada pela princesa boa.
Porém, há uma dicotomia nos contos de fadas, pois a beleza física está atrelada ao bem. Nos contos originais, o belo pode ser lido como beleza estética, mas também como O Bem.
Se pensarmos nos filmes, desenhos e revistas que trazem esses contos, as princesas sempre são belas fisicamente. E numa sociedade cuja imagem é um modelo forte, a beleza física das princesas se sobressai à beleza moral.
Perda da juventude
A beleza é um conceito estético e, por si só, não está atrelada ao envelhecimento. Um quadro não deixa de ser belo por ter sido pintado há 60 anos.
Porém, em relação ao homem, a beleza está ligada à juventude. Uma mulher de 60 anos, embora possa ser muito bonita, não é considerada como tal por ter perdido os predicados da juventude. E o apego à juventude é um modo de negar o envelhecimento, e por sua vez, a morte. Na realidade, é a morte que o homem moderno não suporta.
É o desconhecido que apavora o ser humano, pois não há registro da própria morte no inconsciente do sujeito. E numa tentativa de lidar com o pavor da morte, o homem busca negar a própria morte através da tentativa de manutenção da juventude que se perde ao longo do tempo.
Ideal de beleza
Existe um ideal de beleza em nossa sociedade que é inalcançável, o que provoca a busca incessante pelos mais diversos métodos estéticos.
A busca por esse ideal de beleza não permite a existência das diferenças. Se essa busca é exacerbada, é importante que a pessoa busque um tratamento analítico, pois esse exagero de vaidade é um sintoma de um sofrimento psíquico que precisa de cuidados.
sábado, 17 de abril de 2010
Filhos e suas amizades
Entrevista de Claudia Finamore (http://www.apoiopsi.com.br) para a jornalista Priscilla Nery (http://vilamulher.terra.com.br/filhos-e-suas-amizades-8-1-55-403.html).
Filhos e suas amizades
Num mundo cada vez mais violento, pais e mães precisam se desdobrar para criar os filhos da melhor maneira, muitas vezes deixando-os bem perto da família. Mas chega uma hora que os pequenos acabam escolhendo outras pessoas que também serão fundamentais em suas vidas: os amigos.
Não se pode negar que os amigos são necessários para qualquer ser humano e têm um papel essencial na vida dos filhos. "As amizades são importantes para o desenvolvimento psicossocial dos filhos, possibilitando a aquisição de habilidades no convívio grupal. Esse contato social oferece a oportunidade da criança ou adolescente conhecer mais sobre si mesmo e o mundo. É um aprendizado construído na medida em que a criança amadurece, onde noções de limites, respeito, semelhanças, diferenças, competição e solidariedade são apreendidas", afirma a psicóloga e psicanalista Claudia Finamore.
A especialista explica que os amigos interferem na personalidade e na formação do indivíduo. "A criança nasce com parte de sua personalidade formada por meio dos traços genéticos parentais. Porém ocorrem mudanças de acordo com o que a criança vive e as relações que estabelece com o mundo. Tudo o que a criança observa, percebe ou interage irá, em maior ou menor grau, influenciar na formação da sua personalidade. Mas não se pode deixar de lado como a criança interpreta o que vê e ouve. É a sua interpretação da realidade que irá participar da formação da sua personalidade", diz.
Porém é preciso que os pais tenham cuidado. Afinal, não é sempre que uma criança ou adolescente estão preparados para fazer as melhores escolhas. Marcelo Bergamasco conta que teve que interferir numa das companhias de seu filho mais novo. "Meu filho disse que estava conversando com um jovem que é traficante. Não era amigo dele, mas estavam juntos com outros jovens. Expliquei o que as drogas poderiam acarretar para ele e no futuro dele, e que seria melhor que se afastasse do jovem. E ele se afastou", declara.
Marcelo acredita que os pais são o exemplo para que os filhos não se envolvam em situações de risco por causa de amizades: "Se a criança encontrar dentro de casa pais que sejam bons referenciais, creio que as amizades podem até tentar, mas não vão conseguir mudar o que está sendo formado e alicerçado dentro de casa".
A psicóloga ensina que os pais servem mesmo como base para os pequenos. "A educação dos valores escolhidos pelos pais deve iniciar desde o início, e não quando os filhos já cresceram e farão uso desses valores. Desse mesmo modo deve ocorrer a escolha de boas amizades: primeiro, pelo exemplo dos próprios pais. Na época em que os filhos começarem seus laços de amizades, lá pelos 3 ou 4 anos, os pais participam com proximidade desse processo, intermediando as relações dos filhos com seus amigos nos momentos de discórdias. Com o tempo, os pais podem se afastar um pouco, de acordo com a possibilidade dos filhos resolverem suas diferenças com os amigos"
Até que a adolescência chegue, a participação dos pais implica num maior limite. Porém isso não quer dizer que deve distanciar-se. "Nesses casos, o diálogo franco e aberto é o melhor caminho para lidarem com as escolhas de amizades dos filhos", diz.
Esse é o caso da assistente administrativa Joana Vallim, que relata a influência de um amigo na vida de seu filho de 19 anos: "Um dia, um amigo colocou um piercing no nariz e meu filho cismou de pôr também. Eu falei que detestava piercing, mas não podia interferir, porque ele é maior de idade. Então ele colocou, mas teve que tirar depois de um mês, porque infeccionou".
Embora os pais não devam agir de maneira repressora, é fundamental que acompanhem a vida dos pequenos, e isso inclui sim as amizades. "Os pais devem estar atentos às amizades dos filhos seja na infância ou adolescência. Conhecer os amigos, torná-los próximos da família, e manter os limites de respeito não invasivo colaboram nessas relações. Os pais podem interferir nas amizades escolhidas caso sejam gravemente prejudiciais aos filhos. De qualquer modo, isso deve ocorrer através de um diálogo honesto entre pais e filhos, incluindo aí o modo de se relacionar com os amigos", finaliza a especialista.
Filhos e suas amizades
Num mundo cada vez mais violento, pais e mães precisam se desdobrar para criar os filhos da melhor maneira, muitas vezes deixando-os bem perto da família. Mas chega uma hora que os pequenos acabam escolhendo outras pessoas que também serão fundamentais em suas vidas: os amigos.
Não se pode negar que os amigos são necessários para qualquer ser humano e têm um papel essencial na vida dos filhos. "As amizades são importantes para o desenvolvimento psicossocial dos filhos, possibilitando a aquisição de habilidades no convívio grupal. Esse contato social oferece a oportunidade da criança ou adolescente conhecer mais sobre si mesmo e o mundo. É um aprendizado construído na medida em que a criança amadurece, onde noções de limites, respeito, semelhanças, diferenças, competição e solidariedade são apreendidas", afirma a psicóloga e psicanalista Claudia Finamore.
A especialista explica que os amigos interferem na personalidade e na formação do indivíduo. "A criança nasce com parte de sua personalidade formada por meio dos traços genéticos parentais. Porém ocorrem mudanças de acordo com o que a criança vive e as relações que estabelece com o mundo. Tudo o que a criança observa, percebe ou interage irá, em maior ou menor grau, influenciar na formação da sua personalidade. Mas não se pode deixar de lado como a criança interpreta o que vê e ouve. É a sua interpretação da realidade que irá participar da formação da sua personalidade", diz.
Porém é preciso que os pais tenham cuidado. Afinal, não é sempre que uma criança ou adolescente estão preparados para fazer as melhores escolhas. Marcelo Bergamasco conta que teve que interferir numa das companhias de seu filho mais novo. "Meu filho disse que estava conversando com um jovem que é traficante. Não era amigo dele, mas estavam juntos com outros jovens. Expliquei o que as drogas poderiam acarretar para ele e no futuro dele, e que seria melhor que se afastasse do jovem. E ele se afastou", declara.
Marcelo acredita que os pais são o exemplo para que os filhos não se envolvam em situações de risco por causa de amizades: "Se a criança encontrar dentro de casa pais que sejam bons referenciais, creio que as amizades podem até tentar, mas não vão conseguir mudar o que está sendo formado e alicerçado dentro de casa".
A psicóloga ensina que os pais servem mesmo como base para os pequenos. "A educação dos valores escolhidos pelos pais deve iniciar desde o início, e não quando os filhos já cresceram e farão uso desses valores. Desse mesmo modo deve ocorrer a escolha de boas amizades: primeiro, pelo exemplo dos próprios pais. Na época em que os filhos começarem seus laços de amizades, lá pelos 3 ou 4 anos, os pais participam com proximidade desse processo, intermediando as relações dos filhos com seus amigos nos momentos de discórdias. Com o tempo, os pais podem se afastar um pouco, de acordo com a possibilidade dos filhos resolverem suas diferenças com os amigos"
Até que a adolescência chegue, a participação dos pais implica num maior limite. Porém isso não quer dizer que deve distanciar-se. "Nesses casos, o diálogo franco e aberto é o melhor caminho para lidarem com as escolhas de amizades dos filhos", diz.
Esse é o caso da assistente administrativa Joana Vallim, que relata a influência de um amigo na vida de seu filho de 19 anos: "Um dia, um amigo colocou um piercing no nariz e meu filho cismou de pôr também. Eu falei que detestava piercing, mas não podia interferir, porque ele é maior de idade. Então ele colocou, mas teve que tirar depois de um mês, porque infeccionou".
Embora os pais não devam agir de maneira repressora, é fundamental que acompanhem a vida dos pequenos, e isso inclui sim as amizades. "Os pais devem estar atentos às amizades dos filhos seja na infância ou adolescência. Conhecer os amigos, torná-los próximos da família, e manter os limites de respeito não invasivo colaboram nessas relações. Os pais podem interferir nas amizades escolhidas caso sejam gravemente prejudiciais aos filhos. De qualquer modo, isso deve ocorrer através de um diálogo honesto entre pais e filhos, incluindo aí o modo de se relacionar com os amigos", finaliza a especialista.
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
Livre para voar
Saiu na Revista Kalunga de outubro de 2009.
Livre para voar
Compete aos pais oferecer aos filhos os ensinamentos e orientações capazes de fazer com que eles cheguem sãos e salvos à vida adulta.
Não é fácil ser criança nos dias de hoje. Se antigamente, antes da regulamentação trabalhista, ela chegava muito cedo ao mercado de trabalho, agora tem tantas atividades que acaba cumprindo uma agenda de “gente grande”. Como se não bastassem os desafios inerentes ao próprio crescimento, foram acrescidos vários outros à sua rotina. Consequentemente, a ansiedade e a angústia em apresentar resultados também passaram a fazer parte do dia a dia dos pequenos.
O crescimento da criança e do adolescente provoca diversas mudanças, que implicam em perdas do que foi alcançado e angústia perante o que ainda deve ser conquistado. Segundo Cláudia Finamore, psicóloga e psicanalista, especialista em psicogeriatria, essas transformações são físicas, biológicas e psicossociais. “A criança pequena que está deixando de usar a mamadeira e iniciando a utilização do copo precisa lidar com a perda do vínculo com a mamadeira e com a angústia da dificuldade perante o novo. Como lidar com um copo, segurá-lo, virá-lo, equilibrá-lo, conter o líquido dentro do recipiente.”
A forma como a criança vai enfrentar essas dificuldades depende, segundo a psicóloga, da postura dos pais. Entretanto, às vezes, eles – devido a suas próprias limitações – aceleram o crescimento do filho, fazendo com que ele lide com aquisições antecipadas para a sua idade. O fato é que, independentemente da idade, as pessoas sentem-se angustiadas ou ansiosas perante a perspectiva de mudanças. No caso dos adultos, a maior parte deles dispõe de recursos para lidar com o desconhecido.
Mas isso não ocorre com os pequenos, que estão ainda em fase de aquisição de recursos de enfrentamento. A presença dos pais é imprescindível para sustentar esses momentos e ensinar a superá-los. “A educação de um filho perpassa, em muito, pelo que é inconsciente. A possibilidade e o modo dos pais enfrentarem riscos na vida ensinam aos filhos como eles veem a vida; a dificuldade, o enfrentamento do perigo”, afirma Cláudia.
E para aqueles que acreditam ter a meninada evoluído o suficiente para lidar com os problemas sociais, a psicóloga faz uma analogia. “Para afirmarmos que crianças e adolescentes evoluíram, precisamos datar essa questão. Se estivermos falando do século 20 e 21, pode-se dizer que elas possuem um contato maior com as informações disponíveis nas diversas mídias, o que permite serem mais bem informadas. Porém, isso não reflete um amadurecimento emocional para lidarem com a vida. Se voltarmos à Idade Média, a criança com 7 anos já participava da vida social como qualquer outro adulto. E como tal era considerada.”
Superproteção
A psicopedagoga Raquel Caruso, coordenadora da Equipe de Diagnóstico e Atendimento Clínico (EDAC), ressalta que a concorrência e o estresse a que muitos pais estão submetidos fazem com que eles projetem essa realidade para os filhos. Dentro de uma sociedade competitiva, os adultos querem que o filho seja o melhor em tudo. Em outras palavras, isso pode gerar uma ansiedade tão grande na criança que ela pode deixar de produzir, travar. Em decorrência disso, muitos pais investem pesado no desenvolvimento dos filhos. Diante do receio com a performance, e tendo que cumprir tantas exigências, eles procuram inflar nas crianças o máximo de conhecimentos, buscando uma resposta rápida e eficaz.
“Os pais procuram se assegurar de que os filhos conseguirão enfrentar e alcançar as expectativas sociais. Como é de se imaginar, esse comportamento os leva a serem superprotetores. A própria palavra superproteger já indica um excesso. Os extremos, seja pela falta ou pelo exagero, prejudicam o desenvolvimento da criança, gerando excesso de angústia e ansiedade, pois ela enfrenta dificuldades em criar recursos para lidar com as novidades”, argumenta a psicóloga. Ela acrescenta que o ideal é proteger, orientar, acompanhar nas situações em que a criança ainda não tem condições físicas e emocionais para enfrentar. “Quando ela já possui recursos de enfrentamento, é importante o apoio dos pais, garantindo-lhes autoconfiança.”
O acesso irrestrito dos pais aos filhos pode ou não infantilizá-los. Muitas vezes, a infantilização decorre da impossibilidade dos pais em lidar com o crescimento dos filhos. Mas pode ocorrer também um desejo da criança não crescer, por nutrir ideias de que a vida adulta é muito difícil e que não conseguirá enfrentá-la. No caso dos pais que tentam atrasar a entrada do filho na puberdade, a psicóloga Cláudia diz que isso se deve à impossibilidade deles se relacionarem com os filhos adolescentes e adultos. Em contrapartida, há aqueles que estimulam o amadurecimento dos filhos e não respeitam todas as fases de sua vida.
De acordo com Raquel, como não existe hoje a pré-adolescência, a criança vai direto da infância para adolescência. Isso faz parte do contexto social a que todos estão expostos, e que não possibilita a assimilação de muitas informações. “Os pais precisam dispor de tempo para os filhos. Por exemplo, reservar um dia para jantar ou fazer uma atividade diferente, para que as crianças possam compartilhar suas experiências.” Em geral, os pais acreditam que tudo está bem na vida do filho. Ela comenta que, às vezes, a criança chora e se recusa a ir à escola. Isso pode ser visto como manha, mas de repente ela está sendo vítima de bullying e não fala porque tem medo de mais ataques e represálias.
Identidade
Segundo Cláudia, o jovem adulto dependente dos pais, de modo geral, tem dificuldades para tratar as incertezas e inseguranças da vida. Assim, optam em ficar mais tempo sob a guarda dos mesmos. Outro fator que pesa na dependência é a mudança dos valores sociais. Há algumas décadas, para que os jovens pudessem ter relações sexuais ou utilizar o dinheiro do modo que escolhessem precisavam da sua independência através do trabalho e do casamento. Atualmente, ele não precisa sair para viver plenamente seus desejos adultos, o que propicia ficar mais o tempo na casa paterna.
Dar um norte para a vida dos filhos é uma das atribuições que os pais têm; faz parte do processo de educar. É comum o jovem romper essa barreira na adolescência para construir a sua identidade. Isso ocorre independentemente dos pais serem ou não superprotetores. Há adultos com 40 e poucos anos que são adolescentes. Isso ocorre porque eles não conseguiram romper o vínculo com a família. Mas são casos esporádicos, conforme Raquel.
“Vários fatores influenciam o amadurecimento de uma pessoa. Sua história de vida, sua relação com os pais, seu desenvolvimento psíquico. Na sociedade atual, vemos que o jovem se relaciona com pouco compromisso aos estudos, ao projeto de vida, à carreira e às relações amorosas. Em parte, isso ocorre devido à dificuldade dos pais em impor limites na educação de seus filhos e assim colaborar no amadurecimento deles”, finaliza Cláudia. (M.A.)
Compete aos pais oferecer aos filhos os ensinamentos e orientações capazes de fazer com que eles cheguem sãos e salvos à vida adulta.
Não é fácil ser criança nos dias de hoje. Se antigamente, antes da regulamentação trabalhista, ela chegava muito cedo ao mercado de trabalho, agora tem tantas atividades que acaba cumprindo uma agenda de “gente grande”. Como se não bastassem os desafios inerentes ao próprio crescimento, foram acrescidos vários outros à sua rotina. Consequentemente, a ansiedade e a angústia em apresentar resultados também passaram a fazer parte do dia a dia dos pequenos.
O crescimento da criança e do adolescente provoca diversas mudanças, que implicam em perdas do que foi alcançado e angústia perante o que ainda deve ser conquistado. Segundo Cláudia Finamore, psicóloga e psicanalista, especialista em psicogeriatria, essas transformações são físicas, biológicas e psicossociais. “A criança pequena que está deixando de usar a mamadeira e iniciando a utilização do copo precisa lidar com a perda do vínculo com a mamadeira e com a angústia da dificuldade perante o novo. Como lidar com um copo, segurá-lo, virá-lo, equilibrá-lo, conter o líquido dentro do recipiente.”
A forma como a criança vai enfrentar essas dificuldades depende, segundo a psicóloga, da postura dos pais. Entretanto, às vezes, eles – devido a suas próprias limitações – aceleram o crescimento do filho, fazendo com que ele lide com aquisições antecipadas para a sua idade. O fato é que, independentemente da idade, as pessoas sentem-se angustiadas ou ansiosas perante a perspectiva de mudanças. No caso dos adultos, a maior parte deles dispõe de recursos para lidar com o desconhecido.
Mas isso não ocorre com os pequenos, que estão ainda em fase de aquisição de recursos de enfrentamento. A presença dos pais é imprescindível para sustentar esses momentos e ensinar a superá-los. “A educação de um filho perpassa, em muito, pelo que é inconsciente. A possibilidade e o modo dos pais enfrentarem riscos na vida ensinam aos filhos como eles veem a vida; a dificuldade, o enfrentamento do perigo”, afirma Cláudia.
E para aqueles que acreditam ter a meninada evoluído o suficiente para lidar com os problemas sociais, a psicóloga faz uma analogia. “Para afirmarmos que crianças e adolescentes evoluíram, precisamos datar essa questão. Se estivermos falando do século 20 e 21, pode-se dizer que elas possuem um contato maior com as informações disponíveis nas diversas mídias, o que permite serem mais bem informadas. Porém, isso não reflete um amadurecimento emocional para lidarem com a vida. Se voltarmos à Idade Média, a criança com 7 anos já participava da vida social como qualquer outro adulto. E como tal era considerada.”
Superproteção
A psicopedagoga Raquel Caruso, coordenadora da Equipe de Diagnóstico e Atendimento Clínico (EDAC), ressalta que a concorrência e o estresse a que muitos pais estão submetidos fazem com que eles projetem essa realidade para os filhos. Dentro de uma sociedade competitiva, os adultos querem que o filho seja o melhor em tudo. Em outras palavras, isso pode gerar uma ansiedade tão grande na criança que ela pode deixar de produzir, travar. Em decorrência disso, muitos pais investem pesado no desenvolvimento dos filhos. Diante do receio com a performance, e tendo que cumprir tantas exigências, eles procuram inflar nas crianças o máximo de conhecimentos, buscando uma resposta rápida e eficaz.
“Os pais procuram se assegurar de que os filhos conseguirão enfrentar e alcançar as expectativas sociais. Como é de se imaginar, esse comportamento os leva a serem superprotetores. A própria palavra superproteger já indica um excesso. Os extremos, seja pela falta ou pelo exagero, prejudicam o desenvolvimento da criança, gerando excesso de angústia e ansiedade, pois ela enfrenta dificuldades em criar recursos para lidar com as novidades”, argumenta a psicóloga. Ela acrescenta que o ideal é proteger, orientar, acompanhar nas situações em que a criança ainda não tem condições físicas e emocionais para enfrentar. “Quando ela já possui recursos de enfrentamento, é importante o apoio dos pais, garantindo-lhes autoconfiança.”
O acesso irrestrito dos pais aos filhos pode ou não infantilizá-los. Muitas vezes, a infantilização decorre da impossibilidade dos pais em lidar com o crescimento dos filhos. Mas pode ocorrer também um desejo da criança não crescer, por nutrir ideias de que a vida adulta é muito difícil e que não conseguirá enfrentá-la. No caso dos pais que tentam atrasar a entrada do filho na puberdade, a psicóloga Cláudia diz que isso se deve à impossibilidade deles se relacionarem com os filhos adolescentes e adultos. Em contrapartida, há aqueles que estimulam o amadurecimento dos filhos e não respeitam todas as fases de sua vida.
De acordo com Raquel, como não existe hoje a pré-adolescência, a criança vai direto da infância para adolescência. Isso faz parte do contexto social a que todos estão expostos, e que não possibilita a assimilação de muitas informações. “Os pais precisam dispor de tempo para os filhos. Por exemplo, reservar um dia para jantar ou fazer uma atividade diferente, para que as crianças possam compartilhar suas experiências.” Em geral, os pais acreditam que tudo está bem na vida do filho. Ela comenta que, às vezes, a criança chora e se recusa a ir à escola. Isso pode ser visto como manha, mas de repente ela está sendo vítima de bullying e não fala porque tem medo de mais ataques e represálias.
Identidade
Segundo Cláudia, o jovem adulto dependente dos pais, de modo geral, tem dificuldades para tratar as incertezas e inseguranças da vida. Assim, optam em ficar mais tempo sob a guarda dos mesmos. Outro fator que pesa na dependência é a mudança dos valores sociais. Há algumas décadas, para que os jovens pudessem ter relações sexuais ou utilizar o dinheiro do modo que escolhessem precisavam da sua independência através do trabalho e do casamento. Atualmente, ele não precisa sair para viver plenamente seus desejos adultos, o que propicia ficar mais o tempo na casa paterna.
Dar um norte para a vida dos filhos é uma das atribuições que os pais têm; faz parte do processo de educar. É comum o jovem romper essa barreira na adolescência para construir a sua identidade. Isso ocorre independentemente dos pais serem ou não superprotetores. Há adultos com 40 e poucos anos que são adolescentes. Isso ocorre porque eles não conseguiram romper o vínculo com a família. Mas são casos esporádicos, conforme Raquel.
“Vários fatores influenciam o amadurecimento de uma pessoa. Sua história de vida, sua relação com os pais, seu desenvolvimento psíquico. Na sociedade atual, vemos que o jovem se relaciona com pouco compromisso aos estudos, ao projeto de vida, à carreira e às relações amorosas. Em parte, isso ocorre devido à dificuldade dos pais em impor limites na educação de seus filhos e assim colaborar no amadurecimento deles”, finaliza Cláudia. (M.A.)
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Divisão das despesas e casamento
O casamento e a difícil divisão de despesas
O individualismo e velhos valores podem atrapalhar o casal na hora de administrar o dinheiro
Lufe Steffen, especial para o iG São Paulo - 30/12/2009 11:22
O casamento traz muitas alegrias, mas também exige mudanças complexas em vários aspectos da vida. A administração do dinheiro parece ser um dos maiores desafios dos casais modernos, que ainda insistem em atitudes individualistas.
“O casal deve pensar como uma dupla. Tudo bem que tenham contas bancárias separadas, mas um deve poder contar com o outro. E quem ganha mais, naturalmente, deve contribuir mais, independente de ser o homem ou a mulher”, afirma a psicóloga Marina Vasconcelos, que trata o assunto destacado de antigos valores sociais e culturais.
“Isso é uma questão matemática e de maturidade do casal. Se o homem puder dar maior segurança financeira para que a mulher, por exemplo, possa se dedicar mais aos filhos, ótimo! Mas se a situação for inversa... qual o problema?”, questiona.
A necessidade de buscar o equilíbrio é vital, já que problemas financeiros podem até interferir na vida sexual dos parceiros, como alerta a psicóloga: “Pode afetar desde que um deles sinta-se inferior ao outro pela questão financeira. O casal precisa sentir-se parceiro, num mesmo nível, para que o relacionamento sexual também se dê de uma maneira gostosa”.
E para alcançar o mesmo nível, surge a quase obrigação de se fazer concessões, sem as quais o casamento pode desmoronar. “Alguém tem que ceder. Tem de se levar em conta o mais importante e saber quando adiar algo em prol do que o outro precisa. Afinal, a partir do momento que casamos passamos a pensar em ‘nós’, e não apenas no ‘eu’”, reforça Marina.
Comunicação é o caminho
Muitas dificuldades nos casamentos se originam na criação de cada um como indivíduo. “A sociedade moderna tende mais para a individualidade, e a tendência dos casais é cada qual cuidar das finanças do seu próprio jeito. Porém, com histórias e valores diferenciados em relação ao dinheiro, poderão haver discordâncias na relação. A comunicação franca do casal é o melhor caminho para compreender como cada um lida com dinheiro”, afirma a psicóloga Claudia Finamore.
Um assunto que interessa a ambos, certamente, é o cuidado com a casa. O consenso geral é de que é preciso contar com uma profissional para fazer a limpeza, cozinhar, enfim, cuidar da manutenção do lar. “Agora, se a falta de dinheiro não permitir esse cuidado, é importante conversarem muito bem sobre a divisão das tarefas para se evitar brigas desnecessárias”, diz Marina, sublinhando a necessidade de se evitar a disputa dos sexos.
Um oferecer ao outro ajuda, mesmo sem ser solicitado; dividir as tarefas da casa e responsabilidades com os filhos; sair para comerem fora ou prepararem jantares diferentes e românticos para fugir da rotina; darem-se flores sem ser uma data especial; serem companheiros e cúmplices verdadeiros nos bons e maus momentos financeiros. Estas e outras atitudes ajudam a manter um casamento saudável por muito mais tempo. “Uma gentileza não precisa custar algo em dinheiro. Muitas vezes, um sorriso oferecido numa situação e num modo específicos pode ser uma gentileza”, finaliza a Dra. Claudia.
http://delas.ig.com.br/amoresexo/o+casamento+e+a+dificil+divisao+de+despesas/n1237532966399.html
O individualismo e velhos valores podem atrapalhar o casal na hora de administrar o dinheiro
Lufe Steffen, especial para o iG São Paulo - 30/12/2009 11:22
O casamento traz muitas alegrias, mas também exige mudanças complexas em vários aspectos da vida. A administração do dinheiro parece ser um dos maiores desafios dos casais modernos, que ainda insistem em atitudes individualistas.
“O casal deve pensar como uma dupla. Tudo bem que tenham contas bancárias separadas, mas um deve poder contar com o outro. E quem ganha mais, naturalmente, deve contribuir mais, independente de ser o homem ou a mulher”, afirma a psicóloga Marina Vasconcelos, que trata o assunto destacado de antigos valores sociais e culturais.
“Isso é uma questão matemática e de maturidade do casal. Se o homem puder dar maior segurança financeira para que a mulher, por exemplo, possa se dedicar mais aos filhos, ótimo! Mas se a situação for inversa... qual o problema?”, questiona.
A necessidade de buscar o equilíbrio é vital, já que problemas financeiros podem até interferir na vida sexual dos parceiros, como alerta a psicóloga: “Pode afetar desde que um deles sinta-se inferior ao outro pela questão financeira. O casal precisa sentir-se parceiro, num mesmo nível, para que o relacionamento sexual também se dê de uma maneira gostosa”.
E para alcançar o mesmo nível, surge a quase obrigação de se fazer concessões, sem as quais o casamento pode desmoronar. “Alguém tem que ceder. Tem de se levar em conta o mais importante e saber quando adiar algo em prol do que o outro precisa. Afinal, a partir do momento que casamos passamos a pensar em ‘nós’, e não apenas no ‘eu’”, reforça Marina.
Comunicação é o caminho
Muitas dificuldades nos casamentos se originam na criação de cada um como indivíduo. “A sociedade moderna tende mais para a individualidade, e a tendência dos casais é cada qual cuidar das finanças do seu próprio jeito. Porém, com histórias e valores diferenciados em relação ao dinheiro, poderão haver discordâncias na relação. A comunicação franca do casal é o melhor caminho para compreender como cada um lida com dinheiro”, afirma a psicóloga Claudia Finamore.
Um assunto que interessa a ambos, certamente, é o cuidado com a casa. O consenso geral é de que é preciso contar com uma profissional para fazer a limpeza, cozinhar, enfim, cuidar da manutenção do lar. “Agora, se a falta de dinheiro não permitir esse cuidado, é importante conversarem muito bem sobre a divisão das tarefas para se evitar brigas desnecessárias”, diz Marina, sublinhando a necessidade de se evitar a disputa dos sexos.
Um oferecer ao outro ajuda, mesmo sem ser solicitado; dividir as tarefas da casa e responsabilidades com os filhos; sair para comerem fora ou prepararem jantares diferentes e românticos para fugir da rotina; darem-se flores sem ser uma data especial; serem companheiros e cúmplices verdadeiros nos bons e maus momentos financeiros. Estas e outras atitudes ajudam a manter um casamento saudável por muito mais tempo. “Uma gentileza não precisa custar algo em dinheiro. Muitas vezes, um sorriso oferecido numa situação e num modo específicos pode ser uma gentileza”, finaliza a Dra. Claudia.
http://delas.ig.com.br/amoresexo/o+casamento+e+a+dificil+divisao+de+despesas/n1237532966399.html
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