quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Dia das Crianças

Em homenagem ao Pitt, um canário-da-terra que viveu por 17 anos em minha companhia, atravessando minha infância e adolescência, aguei cores sobre papel. Em vida trouxe-me alegrias, e em morte, há tempos vivendo no Paraíso dos Pets, deixou-me lindas lembranças.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Vaidade na infância: faz bem ou faz mal?

Uma menina pode fazer a unha no salão de beleza toda semana? Minha filha pediu uma festa de aniversário no cabeleireiro, e agora? Meu filho só sai de casa se passar gel no cabelo! Muitas vezes, para os pais, lidar com essas questões e identificar quais são os limites não é uma tarefa simples, e muitas dúvidas surgem diante das diversas situações da vida de uma criança.
A vaidade na infância pode, ou não, ser saudável, dependerá do modo que se apresenta na vida da criança. Se essa vaidade ajuda a manter os bons hábitos de higiene, como lavar bem os cabelos, tomar banho cuidadosamente, escovar os dentes estará promovendo a saúde da criança. Mas, se a criança decide escovar os dentes dez vezes ao dia para ficarem mais brancos, há um exagero que poderá trazer dificuldades para ela e a família.

Faz parte do universo infantil os filhos se espelharem nos pais e imitá-los. Desse modo, as crianças podem viver diversos papeis e se prepararem para a vida adulta. Então, provavelmente não haverá maiores complicações se uma menina fizer a unha no cabeleireiro numa situação especial. Mas, se isso virar rotina ou se ela não puder brincar para não estragar as unhas, isso merece uma atenção especial dos pais. Se a criança deixa de brincar para não sujar a roupa ou para não despentear os cabelos, pode apresentar um excesso de vaidade prejudicial ao seu desenvolvimento.

É importante diferenciar uma brincadeira de se maquiar em casa, de ir à escola maquiada todos os dias. Os pais devem ensinar aos seus filhos o que é necessário e o que é supérfluo. A criança precisa aprender outros valores além da aparência física, e cabe aos pais ensinar.

Se já houver uma situação de vaidade excessiva instalada e os pais não conseguirem solucionar através do diálogo, é importante que procurem a ajuda de um psicólogo.

Claudia Finamore

terça-feira, 22 de março de 2011

Tatuagem não tem idade

A Psicóloga e Psicanalista Claudia Finamore (http://www.apoiopsi.com.br/) foi entrevistada por Patricia Diguê, da Isto É. (http://www.istoe.com.br/reportagens/104953_TATUAGEM+NAO+TEM+IDADE)

O que leva homens e mulheres a realizarem, na maturidade, o desejo de tatuar a pele

Executivo do ramo financeiro, Cláudio Lorenzetti, 68 anos, adiou por décadas o sonho de ter uma tatuagem por temer o preconceito principalmente no ambiente de trabalho. Este ano finalmente tomou coragem de entrar em um estúdio. Apesar das dores das agulhadas, saiu realizado com o rosto de Jesus Cristo desenhado no braço direito. “Sempre tive vontade de tê-lo aqui no meu corpo”, conta ele, atualmente consultor, que é um católico fervoroso. A esposa, Nilza, da mesma idade, não só aprovou a novidade como também aproveitou a onda e resolveu tatuar uma borboleta no pulso.

Depois de ter conseguido sair do submundo e conquistado as classes média e alta, agora a tatuagem também rompe a barreira da idade. É cada vez mais comum encontrar pessoas com mais de 60 anos nos estúdios e até famílias inteiras decorando o corpo. “Já tatuei um senhor de 80 anos”, conta Fábio Mancha, do estúdio Art Classic, de Santos, que tem percebido o aumento desse público nos últimos dois anos. “Atendo pelo menos duas pessoas por mês com idade entre 50 e 70 anos, a maioria mulheres”, comenta o tatuador.

O fato de os procedimentos terem se tornado mais confiáveis e menos dolorosos ajudou a quebrar o receio dos mais velhos, acredita o dono do Kiko Tattoo, Alexandre Rodrigues, do Rio de Janeiro. “Tatuagem não é mais uma coisa de gente maluca”, diz ele, que possui três lojas dentro de shopping centers cariocas. Esse público, porém, é mais exigente. “Eles só aderiram às tatuagens após o surgimento de equipamentos mais modernos, ambientes mais higienizados e bom atendimento”, afirma Rodrigues. Hoje, os estúdios sérios usam agulhas descartáveis, acessórios esterilizados e tintas de qualidade.

Guinadas de vida também encorajam os mais velhos a encarar a agulha. Só após se separar do marido, que não aprovava a ideia de a mulher ter uma tatuagem, a dona de casa Rosalee Macedo, 63 anos, decidiu fazer uma tattoo. A primeira, uma rosa no tornozelo, veio perto dos 50. A segunda, dois corações e as iniciais do nome no pulso, há dois meses, e a terceira, as iniciais dos quatro filhos, na semana passada. “Fica chique, me sinto mais bonita”, diz ela.

Aumentar a autoestima é a principal vantagem desse tipo de atitude, segundo a psicogeriatra Claúdia Finamore. “Uma pessoa nesta idade se sente mais livre para realizar uma vontade de longa data e isso é muito positivo”, afirma. Ela apenas alerta para que a vontade de parecer mais jovem não se torne uma obsessão. “Realizar um desejo é diferente de negar a idade”, diz. Segundo os tatuadores, não existem restrições para uma pessoa de meia-idade fazer uma tatuagem. E os cuidados logo após o procedimento são os mesmos, como a higienização com sabonete neutro, escondê-la do sol e não mergulhar no mar ou na piscina por um mês.

Foi justamente a sensação de se sentir “mais moleque” que levou o jornalista aposentado Sérgio Pisani, 70 anos, a fazer não somente uma, mas três tatuagens depois dos 60 anos. Ele tem dragões nos braços, um tubarão em uma perna e um símbolo do signo de Peixes na outra, feitos no estúdio Tattoo You, em São Paulo. “Eu achava as tatuagens feias, mas agora elas são feitas de uma forma mais limpa e são mais bonitas”, acredita.

Segundo o tatuador Sérgio Leds, da Led’s Tattoo, de São Paulo, é comum os filhos que se tatuam influenciarem os pais. “A gente atende a família toda”, diz Leds. É o caso da empresária Pinah Ayoub, 58 anos, famosa sambista dos anos 1970 que, quando era destaque da escola de samba Beija-Flor, dançou com o príncipe Charles na avenida. Há duas semanas, ela, o marido e a filha tatuaram o mesmo desenho – as iniciais dos três em símbolos romanos no braço. “Confesso que relutei um pouco, mas adorei o resultado, me sinto renovada”, diz Pinah. Nunca é tarde para realizar um desejo.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Como manter o controle emocional

O Controle Emocional é a habilidade de lidar com os próprios sentimentos, adaptando-os conforme a situação e expressando-os de maneira saudável para si e para o grupo no qual está inserido.

O equilíbrio entre razão e emoção é o caminho mais adequado. Os excessos costumam trazer consequências prejudiciais às pessoas. A razão excessiva faz com que o sujeito vivencie e expresse pouco suas emoções, absorvendo para si toda a carga emotiva.

A pessoa mais sensível, que explicita seus sentimentos com facilidade, age por impulso e gera situações sociais desconfortáveis. O conhecimento das emoções e sentimentos do sujeito, bem como dos limites suportados é um primeiro passo para a busca do equilíbrio emocional.

Lidar com a emoção e a razão em proporções que levam o sujeito a colocar-se de modo saudável diante das circunstâncias vividas poderá trazer um modo de vida estruturado, adequado à sociedade e, principalmente, saudável para si mesmo.

Uma pessoa que é tomada pelas emoções, agindo de modo impulsivo, geralmente, envolve-se em relacionamentos conflituosos, perde oportunidades de trabalho, arrepende-se de suas atitudes, gerando tumulto em sua vida e na dos próximos.

Por outro lado, um sujeito que reprime suas emoções, não necessariamente estará utilizando só a razão para resolver suas questões. As emoções podem afetar suas decisões e posicionamentos diante da vida, porém os sentimentos não são expressos.

A falta de manifestação das emoções e dos pensamentos provoca dificuldades na comunicação com outras pessoas, decisões e atitudes pouco efetivas, dificuldades nos relacionamentos pessoais e sociais, e principalmente, a possibilidade de somatização da carga emotiva.

Essa nova geração de jovens adultos, de modo geral, foram crianças que expressaram mais suas emoções e seus desejos, o que é benéfico, pois puderam vivenciar sentimentos e entrar mais em contato consigo mesmo. Tiveram oportunidades de serem autênticos.

Porém, tiveram essa experiência com pouca capacidade de um adulto em impor limites, e até mesmo, saber lidar com suas próprias emoções diante das situações difíceis.

É uma geração que sabe lidar pouco com suas frustrações, mas que possui potencial para adquirir equilíbrio emocional, se assim se propuserem a buscá-lo.

Lidar com frustrações é sofrido e angustiante. Diante dessa dificuldade, muitos acreditam que o caminho é eliminar a emoção da vida. Mas, esquecem que, na tentativa de eliminar a emoção, além de não vivenciar frustrações, tristezas, angústias, ansiedades, também não se vive amor, carinho, alegria, felicidade, conquistas.

Porém, também as frustrações, sentimentos de injustiça podem atuar de um modo positivo, gerando força para mudanças de situações desagradáveis e sofredoras. A sociedade está buscando um ideal de sujeito que não é humano.

A emoção, como também a razão, faz parte do homem e de como ele se manifesta na vida, cada qual com sua singularidade. As diferenças enriquecem a vida e as pessoas, que podem aprender a viver com mais flexibilidade e se adequarem melhor às suas necessidades.

A medida do descontrole emocional é aquela que prejudica a sociedade e o sujeito. Se uma pessoa não consegue lidar com a frustração do trânsito e tem ataques de fúria, dirigindo de modo imprudente e cometendo crimes, coloca a sociedade em risco.

O sujeito que não consegue lidar com a discordância de seu pensamento, e perde seu trabalho por um comportamento impulsivo, coloca a si mesmo em risco.

Nesses casos, é necessária a busca de ajuda profissional. Uma terapia poderá trazer benefícios ao lidar melhor com suas emoções e sentimentos.


Texto da psicóloga e psicanalista Claudia Finamore publicado no site: http://www.minhavida.com.br/conteudo/11972-Como-manter-o-controle-emocional.htm