A alma boa de Setsuan, do dramaturgo Bertolt Brecht, foi dirigida por Marco Antônio Braz e protagonizada por Denise Fraga. Através do humor, procuram evidenciar o embate ético da obra brechtiana.
Nessa montagem da peça, o camarim é montado no palco, onde os atores arrumam-se e aguardam suas entradas. São, também, os atores que mudam o cenário entre um ato e outro com iluminação que permite a visualização das alterações pela platéia. Indica que não há nada por trás, escondido, escuso. As questões são claras, explícitas.
A história é ambientada na China, no povoado de Setsuan. Três Deuses (eu – tudo que está em volta e a pomba ou Espírito Santo, representados por Ary França, sua bicicleta e a pomba em seu ombro) descem a Terra na busca de uma alma boa para provarem que não fracassaram como Deuses. Descobrem Chen-Tê, uma prostituta que por sua bondade recebe um saco de moedas de prata dos Deuses como recompensa. Porém, as pessoas a sua volta a exploram interessadas no seu dinheiro. Sem saber dizer não e sentindo-se abusada por seus conhecidos, Chen-Tê cria outra persona, seu primo Chuí-Ta, para tentar defender-se. Este, inflexível e duro, consegue dirigir seus interesses como um investidor capitalista. Desse modo, Chen-Tê aparece ora como a generosa e meiga Chen-Tê, ora como o austero Chuí-Ta, indicando uma personalidade dividida para lidar com as diversas facetas da vida.
Essa cisão explícita da protagonista destaca os lados bom e mau que constituem cada sujeito. Uma dualidade que nem sempre é percebida ou aceita pelas pessoas. O conflito da personagem indica a dificuldade em lidar com nossas próprias diferenças e ambiguidades.
Não há uma solução para essa dualidade bom/mau do homem. O dramaturgo solicita nossa reflexão sobre o assunto. Talvez, aponte para uma dualidade inerente ao homem, sem solução, apenas a possibilidade de compreensão e de aprendermos a lidar com nossas diversas facetas.
Como uma autocrítica, a peça inicia com o personagem Três Deuses colocando em dúvida a própria existência. Durante a apresentação, questiona-se a moral e a bondade de Deus, que permite misérias, sofrimentos, injustiças, não favorecendo os bons e premiando os maus. No fim da apresentação, a dúvida sobre a existência de Deus é retomada e somada a dúvida da possibilidade da bondade humana.
Nessa montagem da peça, o camarim é montado no palco, onde os atores arrumam-se e aguardam suas entradas. São, também, os atores que mudam o cenário entre um ato e outro com iluminação que permite a visualização das alterações pela platéia. Indica que não há nada por trás, escondido, escuso. As questões são claras, explícitas.
A história é ambientada na China, no povoado de Setsuan. Três Deuses (eu – tudo que está em volta e a pomba ou Espírito Santo, representados por Ary França, sua bicicleta e a pomba em seu ombro) descem a Terra na busca de uma alma boa para provarem que não fracassaram como Deuses. Descobrem Chen-Tê, uma prostituta que por sua bondade recebe um saco de moedas de prata dos Deuses como recompensa. Porém, as pessoas a sua volta a exploram interessadas no seu dinheiro. Sem saber dizer não e sentindo-se abusada por seus conhecidos, Chen-Tê cria outra persona, seu primo Chuí-Ta, para tentar defender-se. Este, inflexível e duro, consegue dirigir seus interesses como um investidor capitalista. Desse modo, Chen-Tê aparece ora como a generosa e meiga Chen-Tê, ora como o austero Chuí-Ta, indicando uma personalidade dividida para lidar com as diversas facetas da vida.
Essa cisão explícita da protagonista destaca os lados bom e mau que constituem cada sujeito. Uma dualidade que nem sempre é percebida ou aceita pelas pessoas. O conflito da personagem indica a dificuldade em lidar com nossas próprias diferenças e ambiguidades.
Não há uma solução para essa dualidade bom/mau do homem. O dramaturgo solicita nossa reflexão sobre o assunto. Talvez, aponte para uma dualidade inerente ao homem, sem solução, apenas a possibilidade de compreensão e de aprendermos a lidar com nossas diversas facetas.
Como uma autocrítica, a peça inicia com o personagem Três Deuses colocando em dúvida a própria existência. Durante a apresentação, questiona-se a moral e a bondade de Deus, que permite misérias, sofrimentos, injustiças, não favorecendo os bons e premiando os maus. No fim da apresentação, a dúvida sobre a existência de Deus é retomada e somada a dúvida da possibilidade da bondade humana.
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